terça-feira, 5 de maio de 2009

Privação de cafeína aumenta fluxo do sanguíneo no cérebro


Sílvia Lopes

Uma equipa de investigadores norte-americanos estudou bebedores crónicos de café e descobriu que quando privados da bebida, os consumidores, sofrem de dores de cabeça provocadas pelo aumento do fluxo sanguíneo no cérebro.

O café é a segunda bebida mais consumida a nível mundial e é uma mercadoria tão valiosa como o petróleo. Quem se depara com esta estatística não relaciona os males que o seu uso excessivo ou mesmo diário acarreta. Quem toma todos os dias uma chave de café, como se fosse um elixir milagroso, que faz acordar até os mais dorminhocos, sente a falta que o café lhe faz diariamente. Um bebedor de café crónico quando lhe é privada esta bebida tem múltiplas reacções. A privação de cafeína tem efeitos específicos muito conhecidos: fadiga; dor de cabeça; dificuldades de concentração; e até uma diminuição do estado de vigilância.
Uma equipa de investigadores norte-americanos estudou este tipo de sintomas recorrendo a electroencefalogramas (EEG) e equipamentos de ultra-som. Segundo o estudo publicado na revista cientifica Psychopharmacology a actividade eléctrica no cérebro e o fluxo sanguíneo alteram-se na falta de café quando se é um bebedor crónico deste produto.
Foram estudados dois grupos de voluntários, pelas Universidades de John Hopkins e de Vermont, ambos os grupos eram bebedores crónicos de café que decidiram suspender o seu consumo para se submeter ao estudo. Um grupo foi submetido à administração de um comprimido de cafeína, e o outro grupo, a um de placebo.
Durante a avaliação do fluxo sanguíneo no cérebro recorrendo a ultra-sons e a electroencefalograma (EEG), os investigadores registaram, que a privação repentina da cafeína aumenta o fluxo dos vasos sanguíneos cerebrais, estando na origem da habitual dor de cabeça, resultado da privação de cafeína numa pessoa que bebe café diariamente.
Nas medições dos EEG, observaram-se alterações ao nível do aumento de um determinado ritmo, o ritmo teta, associado, anteriormente, a fadiga em situações de privação. Em termos qualitativos, os voluntários a quem foi administrado um comprimido placebo, registaram um aumento de cansaço, fadiga e sensação de indolência.
Segundo Stacey Sigmon, da Universidade de Vermont e um dos autores do estudo, a ingestão diária de cafeína “não tem qualquer vantagem acrescida, ao contrário do que os amantes do café imaginam”
FILANDESES SÃO OS QUE MAIS CONSOMEM
Os maiores consumidores mundiais de café, em termos absolutos, são: Estados Unidos; Brasil; Alemanha; e Japão. No consumo per capita, a Europa encabeça a lista com a Finlândia em primeiro lugar, com um consumo per capita de 11 kg por ano, segue-se a Dinamarca, Noruega, Suécia, Áustria e Alemanha. Em Portugal o consumo per capita é de 2 kg por ano.
Baseado no artigo de 04 de Maio de 2009 de DN

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