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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Balanço Exposição "A Evolução de Darwin"

Notícia áudio

Por: Luís Soares





A notícia foi feita no dia 26 de Maio mas por motivos de ordem técnica só pode ser publicada hoje.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Educação para o copo no chão

Opinião


As Semanas Académicas são a celebração máxima do estudante universitário. Durante dias a fio, os estudantes largam os livros e festejam aquele que muitos consideram o melhor período das suas - ainda curtas - vidas. A cerveja é a bebida mais popular. Dezenas de barris são essenciais na barraca ou no carro alegórico de cada curso ou faculdade. As principais marcas cervejeiras do país lutam por conseguir os direitos sobre as Queimas das principais cidades universitárias do país. As marcas vencedoras oferecem os brindes que vão desde as t-shirts ao indispensável copo de plástico, o desestabilizador.

No final de cada noite acumulam-se às centenas, até milhares nos maiores eventos. Cada um tem poucos minutos de fama. Menos do que os 15 que Andy Warhol disse que cada humano deveria ter, mas estamos a falar de copos de plástico. A sua utilização chega a durar apenas segundos. A culpa é daquele tipo mais entusiasmado com a banda cujo nome ocupava a letras garrafais o bilhete que dá entrada no recinto. Entornou-nos o copo. A violação deste espaço com bocadinhos de plástico com as palavras Super Bock, Sagres ou Tagus gravadas continua. Alguns deles passaram pelas mãos do tal tipo entusiasmado. Demasiados para uma pessoa só. Uma minoria insignificante na família dos copos atirados para o chão.

Prevenção contra este comportamento seria infrutífera. Caixotes do lixo seriam ignorados nestes locais invadidos por uma multidão com dificuldades em se deslocar. Proibir a venda de bebidas nas Semanas Académicas é utopia.

A atribuição de um preço, por mais que simbólico, faria os despreocupados estudantes em festa - cujos trocos contados são uma imagem de marca - pensar duas vezes antes de abandonar o seu copo. Reutilizar seria o novo verbo a conjugar. Limpo, o adjectivo objectivo. Poluição, o substantivo a abater. Afinal, a Semana Académica é a festa da Universidade, cujo objectivo primordial é educar para a cidadania.


Luís Soares

sexta-feira, 1 de maio de 2009

"A Evolução de Darwin" - reportagem televisiva

Reportagem sobre a exposição "A Evolução de Darwin" que de 12 de Fevereiro a 24 de Maio tem lugar na Fundação Calouste Gulbenkian:

Luís Soares e Susana Ferrador

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mind At Large pioneiro em tecnologia de «realidade aumentada»

Em colaboração com os portugueses NIXFUSTE, os Blasted Mechanism lançam hoje álbum que promete revolucionar a indústria discográfica.

Os Blasted Mechanism, uma das maiores referências do panorama musical português, já vão para o sétimo disco e a tecnologia estreada já existe desde os anos 90, mas o facto desta ser utilizada num álbum de música - inédito a nível nacional, não se conhecendo outro caso a nível mundial - é que desperta especial atenção sobre Mind at Large, o álbum que está à venda a partir de hoje.

A aplicação desenvolvida pela empresa portuguesa NIXFUSTE que torna este disco num objecto interactivo, foi apresentada e exemplificada por Frederico Ferreira na conferência de imprensa que também serviu para dar a conhecer o novo videoclip dos Blasted Mechanism.

Após a compra do disco a «realidade aumentada» torna-se possível com o aproximar das diferentes faces da caixa desdobrável a uma webcam conectada à internet. A câmara reconhece símbolos que fazem aparecer os elementos da banda, cada qual com os respectivos instrumentos. Por enquanto está apenas disponível o single Start to move, mas o guitarrista Valdjiu promete que «todos os temas do Mind at Large e mais uns brindes estarão disponíveis brevemente no nosso site oficial».

Em tom de brincadeira acrescentou que o álbum lançado hoje promete por fim ao reinado dos downloads ilegais nos quais os discos são vistos como «objectos supérfluos como bibelots», apelando ao público para que «brinquem com esta tecnologia».

[O Mestres em Jornalismo Científico esteve presente na conferência de imprensa através de Luís Soares. Foto gentilmente cedida por Fábio Teixeira]

quarta-feira, 25 de março de 2009

O Jornalismo Científico e a sua prática.

Há uma relação entre Ciência e Democracia. Para se participar na História é necessária a informação. A sociedade evolui quando os cidadãos estão a par no Conhecimento, sendo que muito deste se deve à Ciência e à Tecnologia. Ambas estão presentes de forma mais ou menos intensa e mais ou menos complexa no quotidiano dos cidadãos dos países desenvolvidos. Os livros didácticos e mesmo os professores não têm condições para acompanhar este desenvolvimento.

Neste sentido os media têm um papel fundamental neste processo enquanto fornecedores de informações científicas e da constante evolução destas áreas. Para que tal aconteça os órgãos de comunicação necessitam de contratar profissionais que dominadores das matérias abordadas.

A revista britânica NatureNews publicou a 18 de Março deste ano, uma sondagem feita a um universo de 491 jornalistas científicos dos continentes europeu, americano e asiático, na qual 59,1% dos inquiridos afirmou que nos últimos 5 anos aumentou o número de artigos publicados e 59,8% recomendariam uma carreira no jornalismo científico, tecnológico, ambiental ou de saúde a alunos, o que só comprova a necessidade de formação de jornalistas científicos.

Apesar desta necessidade, são raros os jornalistas especializados em jornalismo científico, o que no nosso país se torna evidente devido à inexistência de cursos académicos que formem este tipo de profissionais e leva a que muitas vezes sejam os intervenientes dos processos científicos a adquirirem formação em Comunicação.

Os norte-americanos Jim Hartz e Rick Chappell em Worlds Apart vão mais longe defendendo que “Para ser competente, um jornalista científico deve sentir-se confortável com diversas disciplinas científicas como de engenharia. A sua educação deveria incluir experiências em laboratório, onde o ambiente de um processo científico possa ser sentido e aprendido”. Perante tais afirmações urge perguntar afinal no que é que o jornalismo científico difere do jornalismo generalista e quais são as especificidades da produção de uma notícia deste género.

Na sua tese de doutoramento “Jornalismo Científico no Brasil: os compromissos de uma prática independente” o brasileiro Wilson da Costa Bueno define que divulgação científica é a “transferência de informações científicas e tecnológicas, transcritas em códigos especializados, a um público selecto, formado por especialistas”, mas isto não é jornalismo uma vez que a prática desta actividade implica a descodificação de mensagens de forma a que sejam percebidas pelo seu público.

O jornalista tem que ser um tradutor que permite a percepção das actividades desenvolvidas pelos cientistas, o que segundo Cláudio Bertolli Filho é um tratamento de “temas complexos de ciência e tecnologia” de forma a que se torne “fluida a leitura e o entendimento do texto noticioso por um público não especializado”. Apesar destas diferenças este tipo de jornalismo implica na mesma uma periodicidade, difusão colectiva, total rigor e seriedade por parte de quem trata a informação, uma vez que esta pode ter implicâncias externas a nível económico, social, cultural e até político.

Embora haja quem defenda que o jornalismo científico acaba por ser um discurso de ciência degradado, esta actividade implica o manuseamento de técnicas linguísticas e recursos estilísticos que ao serem eficazes são uma prova cabal da destreza e flexibilidade do jornalista ao conseguir produzir a partir de temas complexos, notícias perceptível e cativantes para o leitor que muitas vezes é destituído de potencialidades para entender o vocabulário básico não só científico mas como generalista.

Regra geral os leitores dispensam o jornalismo científico, cabendo ao jornalista cativar o público desinteressado sem cair num facilitismo e ausência de densidade e profundidade que possam afastar aqueles que já eram leitores deste género de artigos. Também lhe cabe definir o que é digno de ser contado ou não, obedecendo a alguns critérios na selecção da informação, da sua produção e publicação. O jornalista científico deve escolher temas com impacto, como a medicina e a saúde; saber avaliar o que é notícia; estar próximo dos investigadores e laboratórios; avaliar com destreza a informação que lhes é fornecida, não vá um cientista enganá-lo em busca de auto-promoção e possuir conhecimentos em diversos sectores científicos como a biologia ou a matemática. Tal como acontece com os temas generalistas a proximidade, a necessidade de conhecimento e curiosidade do público também devem ser tidos em conta por estes jornalistas.

Enumeras vezes não há harmonia entre os jornalistas e os cientistas que sentem que o seu árduo e demorado trabalho é resumido em simples e efémeras palavras. Porém é um dever dos cientistas explicarem-se para a sociedade sendo necessário um mútuo respeito entre estes e os profissionais do quarto poder.

Neste novo século para que todos os povos se desenvolvam em harmonia e se evitem catástrofes de outrora, é necessário compreender o papel da Ciência no concretizar dos desafios que se atravessam no nosso caminho. A evolução também passa pela forma como se pratica jornalismo científico que não deve ser descurado nem pelos jornalistas nem pelos seus editores. Para que tal aconteça precisamos de ter profissionais conscientes das especificidades do sector e que estejam preparados não só para traduzir a fala especializada dos cientistas, mas também para fornecer ao público uma visão crítica com o objectivo da evolução.

Bibliografia:

Bertolli Filho, Cláudio (2006) Elementos fundamentais para a prática do jornalismo científico, pag 3, linha 42 – 49.

Bueno, W. da C. (1984) Jornalismo Científico no Brasil: os compromissos de uma prática independente. São Paulo: Tese de doutoramento apresentada à Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

Hartz, Jim e Chappell, Rick (1997) Worlds Apart – How The Distance Between Science and Journalism Threatens America’s Future, pag 109, linha 28 - 33.

http://www.nature.com/news/2009/090318/full/458274a.html

Darwin pagava dinheiro extra para comer legumes

Na sua passagem pelo Christ's College entre 1828 e 1831, Charles Darwin que nascido a 1809 rondava os 20 anos, gastava dinheiro extra para ter acesso a vegetais nas suas refeições, para lhe arrumarem o quarto e para lhe engraxarem os sapatos. Estes caprichos foram revelados após a descoberta de seis livros de contabilidade da universidade onde estudava, que foram digitalizados e podem ser consultados online aqui.

Texto e Foto: Luís Soares
Fonte: Público

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Evolução de Darwin [FOTO-REPORTAGEM]

Por: Luís Soares e Susana Ferrador

Quando pensamos em Darwin pensamos imediatamente na Teoria da Evolução das Espécies...

que, há 150 anos escreveu o livro que prova que tanto a fauna como a flora não permaneceram imutáveis desde a sua criação.

No ano que comemora o bicentenário do nascimento deste cientista, A Evolução de Darwin, a exposição que tem lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa...

conta com inúmeras curiosidades sobre o naturalista britânico como a primeira reconstituição tridimensional do cientista enquanto jovem, a observar um insecto.

Réplica do Beagle, o navio no qual durante 5 anos, o jovem Darwin deu a volta ao Mundo.

Referência a John Stevens Henslows, professor de botânica e especialista em besouros que viria a tornar-se tutor de Darwin. Tradução: "Sem Henslows, não haveria Darwin".

A exposição conta com espécies de animais, disponibilizados pelo Jardim Zoológico de Lisboa, que Darwin terá visto na sua viagem.

Entre estes, contam-se as Piranhas Characiformes, que quando ameaçados podem custar uma boa parte do corpo de outra espécie, incluindo um dedo humano em apenas uma mordedura.

Jibóia, de todas as espécies de Boas, é a melhor adaptada a uma grande diversidade de habitats...

No entanto, é das que demonstra menos afinidade com ambiente aquáticos, sendo terrestre e arbórea.

Vive desde o Norte do México até à Argentina.

Mico-leão-dourado, o maior do Calitricídeos. Protege-se das ameaças avisando o grupo através de 17 vocalizações distintas.

A população total em estado selvagem estima-se em apenas 1000 indivíduos.

Extremamente sociáveis, os Suricatas vivem em grupos familiares de 10 a 15 elementos em que as tarefas são distribuidas por todos e de forma quase rotativa.

Um dos elementos encontra-se sempre de sentinela, erguido sobre as patas traseiras e a farejar o ar. A hierarquia estabelecida no grupo é tão levada a sério que é frequente a expulsão dos elementos que não a cumpram.

Lagarto-dragão ou "lagarto-barbudo" devido à bolsa com escamas espinhosas que possui na zona da garganta que se pode expandir , dando a ideia de uma barba.

Tartaruga-leopardo-africana a espécie cujos machos se distinguem por uma emitirem uma vocalização muito característica durante o período de acasalamento, ao invés de protagonizarem lutas entre si ou agressões às fêmeas, como é comum entre tartarugas.

Parte do mapa da viagem de Darwin. Curiosamente as primeiras e últimas paragens da viagem do Beagle foram realizadas em solo português. Ilha Terceira à ida e Cabo Verde no regresso.

Réplica do quarto de Darwin a bordo do Beagle.

Figuras de mais animais que inspiraram A Teoria da Evolução das Espécies.

A única figura da exposição feita a partir de um animal embalsemado.

Gliptodonte, Gigante de Armadura: um dos mais espectaculares testemunhos encontrados pelo bicentenário naturalista foi a "armadura de um animal semelhante a um tatu, o interior da qual... era como um enorme caldeirão".

Nesta exposição também podemos encontrar cartas escritas pelo próprio Darwin...


algumas delas tão curiosas como esta onde após a ter dividido ao meio, escreveu os prós e os contras que poderiam advir de um casamento com Emma Wedgwood. A união de facto acabou por se concretizar.

Metáfora da Teoria da Evolução das Espécies, com um macaco vestido.

Escadas do Código Genético apresentado pelo cientista que na exposição tem um escorrega que permite aos miúdos descer pela Síntese de Proteínas.

Espaço onde os mais novos podem escrever uma carta ao Darwin. As melhores da semana são expostas.

A visita termina com um quadro que retrata uma das imagens mais conhecidas do homenageado por esta exposição que termina a 24 de Maio.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Editorial

Saudações! O meu nome é Luís Soares e em nome do quinteto que compõe a equipa deste portal, dou-vos as boas vindas a este projecto. Tanto eu como Joana Pimpista, Lara Ribas, Sílvia Lopes e Susana Ferrador somos alunos do 1º ano do Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social, localizada em Lisboa. Daí a escolha do URL que vos conduziu até aqui ser a soma das palavras "mestres em jornalismo científico" (não confundir com "mestre sem jornalismo científico), até porque posso falar em nome das minhas parceiras ao admitir que de mestres desta área (para já) não temos nada. Este facto, não inviabiliza que este sítio online venha a alojar peças de teor informativo que com a sua originalidade e credibilidade (as duas palavras com o sufixo -dade, que seguiremos à risca) esperamos que vos atraíam e vos tornem nossos assíduos seguidores (termo que substitui o previamente pensado "leitores", porque a informação será fornecida não só em textos, como em fotografia, áudio, video, entre outros).
Os principais temas do blogue serão Ciência e Tecnologia. O mote foi lançado pelo Professor Vasco Trigo, docente da cadeira de Atelier de Jornalismo Cultural e de Ciência, o que fará com que o Mestres em Jornalismo Científico seja utilizado como instrumento de avaliação. O nosso público-alvo será composto por todos aqueles que nos concederem uma oportunidade e connosco dispendam de uma forma enriquecedora e até divertida, o seu tempo. Bem-vindos e até já.