Estaremos ou não sozinhos?
A eterna questão da Humanidade - seremos ou não os únicos habitantes do Universo? Existirão mais planetas com vida como o nosso planeta azul? É a esta questão que o Kepler, o novo telescópio espacial da NASA vai tentar responder. 478 milhões de euros e uma tonelada, o Kepler e o seu foguetão Delta II estarão prontos a ser lançados no espaço por volta das 4h da manhã da madrugada de sexta feira desde o Cabo Canaveral, na Florida. A sua missão é muito específica – descobrir planetas semelhantes à Terra, com condições para suportar vida, fora do sistema solar, os chamados exoplanetas.
Como funcionará o Kepler.
Este telescópio irá “olhar” para um raio que contém cerca de 100 mil estrelas como o Sol. Através do uso de detectores especiais como o das máquinas digitais, o Kepler conseguirá detectar as flutuações de luz mínimas emitidas pelas estrelas e que se devem à passagem de um planeta à sua frente. Cada vez que o brilho de uma estrela reduzir é sinal de que poderá haver um planeta próximo. Este é o chamado método dos trânsitos.
De salientar que o Kepler tem um olho extremamente aguçado, citando James Fanson responsável pela missão “Se o Kepler olhasse para a Terra à noite a partir do espaço, seria capaz de detectar a diminuição da luz num alpendre se alguém passasse à frente da lâmpada”(in Público).
É este olho apurado que, ao confirmar várias vezes num mesmo período, a redução de luz de uma mesma estrela, poderá garantir que esta redução se deve efectivamente à passagem de um planeta e não de outro fenómeno. Isto porque estes planetas poderão ter uma órbita muito semelhante à da Terra em torno do Sol.
O Kepler deverá detectar centenas de planetas de vários tipos, mas apenas aqueles que estiverem ao alcance da sua órbita o que poderá deixar por descobrir outros exoplanetas. Se for bem sucedido perceberemos que o planeta azul não é o único com vida, que ela poderá existir algures, a anos-luz no Universo.
O Kepler será colocado em órbita à volta do Sol, seguirá o rasto da Terra e ficará orientado para uma porção do céu visível do Hemisfério Norte da Terra ao longo de, no mínimo, 3 anos e meio que poderão estender-se até aos 6.
Fontes:NASA; Público
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